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 Treinos de Enrique V. Ward

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Enrique V. Ward
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MensagemAssunto: Treinos de Enrique V. Ward   Treinos de Enrique V. Ward I_icon_minitimeSáb 10 Mar 2012, 1:53 pm

O dia estava estranho. Posso dizer isso pelo clima bom, todos sorrindo e andando de um lado para o outro cumprindo tarefas no acampamento, outros apenas ao léu, prosando sobre coisas triviais da vida. Estava tudo tão normal, e isso era totalmente bizarro em minha vida. Não aguentando a solidão do chalé de Hades, já que eu era o único dos filhos que ainda passava por lá, resolvi ir para a arena, ver se conseguia um pouco de movimento.

Quando sai do chalé, usava uma calça, botas e uma blusa um tanto larga, Sombra... Morte, esses tipos de coisas, mas eu gostava. Em minha cintura presa a uma bainha levava a minha espada. Caminhei a passos largos até a arena e assim que entrei, avistei uma pequena multidão de seres esquisitos treinando. Alguns chamavam de meio-sangues, mas para mim, só de ter de sangue de deus, era uma coisa esquisita. Não deixava de me encaixar nessa classificação, merecendo até um pouco o topo, sou filho do deus do submundo.

Todos estavam ocupados... O que eu deveria fazer? Treinar alguns golpes de espada... Brincar de Karatê Kid... Ponderando o que eu iria fazer, um grupo passou por mim e me olhou de cima a baixo, talvez ao me reconhecer, se afastaram. Bom, nunca pude explicar a fama que eu tinha, mas ser filho de Hades sempre fazia as pessoas se perguntarem se eu não seria igual ao meu pai. Não sou nenhum rei esqueleto a espera do He-Man para matar o tédio... E quando eu mal tinha pensado isso, escutei um barulho atrás de mim. Um filho de Hermes apontava para mim e parecia fazer alguma piadinha para os amigos, que caiam na risada.
O dia estava estranho. Posso dizer isso pelo clima bom, todos sorrindo e andando de um lado para o outro cumprindo tarefas no acampamento, outros apenas ao léu, prosando sobre coisas triviais da vida. Estava tudo tão normal, e isso era totalmente bizarro em minha vida. Não aguentando a solidão do chalé de Hades, já que eu era a única alma, viva pelo menos, por ali, resolvi ir para a arena, ver se conseguia um pouco de movimento.

Quando sai do chalé, usava uma calça, botas e uma blusa um tanto larga, o conjunto inteiro era de cor preta. Uma cor clichê para mim, uma filha de Hades... Sombra... Morte, esses tipos de coisas, mas eu gostava. Em minha cintura presa a uma bainha levava a minha espada e em meu braço estava a pulseira de ossos, bem fofo não é? Caminhei a passos largos até a arena e assim que entrei, avistei uma pequena multidão de seres esquisitos treinando. Alguns chamavam de meio-sangues, mas para mim, só de ter de sangue de deus, era uma coisa esquisita. Não deixava de me encaixar nessa classificação, merecendo até um pouco o topo, sou filha do deus do submundo.

Todos estavam ocupados... O que eu deveria fazer? Treinar alguns golpes de espada... Brincar de Karatê Kid... Ponderando o que eu iria fazer, um grupo passou por mim e me olhou de cima a baixo, talvez ao me reconhecer, se afastaram. Bom, nunca pude explicar a fama que eu tinha, mas ser filha de Hades sempre fazia as pessoas se perguntarem se eu não seria igual ao meu pai. Não sou nenhum rei esqueleto a espera do He-Man para matar o tédio... E quando eu mal tinha pensado isso, escutei um barulho atrás de mim. Um filho de Hermes apontava para mim e parecia fazer alguma piadinha para os amigos, que caiam na risada.
◘○◘○◘

Pude sentir minha têmpora latejar de raiva. Que eles pensassem o que quisesse de mim, mas que não ficassem fazendo piadinhas sem ao menos me conhecerem! Tentando disfarçar a ira, o que era muito difícil, me aproximei a passos lentos, calculados. Era um grupo de três, um garoto mais corpulento, um mais baixinho e outro de cabelos castanhos e um enorme nariz. O tucano era o que havia feito piadinhas sobre mim e foi o primeiro a calar-se ao notar minha aproximação.

-Senhores – cumprimentei com falsa meiguice – Eu estou com um mau pressentimento de que falavam sobre mim.

-Por quê? Conhece bem o lado negro da força? – brincou o de cabelos castanhos, o piadista, e logo os outros dois riram.

-Ham... Que tal um duelo? Então mostrarei o quão negro pode se tornar seu sangue ao encontrar minha espada.

Talvez tivesse sido minha voz medonha que os tivessem feito se calar. Não sei, mas desde pequeno sempre soube que as ameaças davam certas, mesmo que fosse blefe. O garoto revirou os olhos depois de hesitar, recuperando a coragem de falar:

-Você é magrelo demais, sua mãe era um esqueleto? O Lord é tão rodeado por essas coisas... – ele tentou provocar.

Aquilo realmente fez meu sangue ferver. Ninguém. Nunca. Jamais. Falava de minha mãe! Engolindo todo o descontrole com dificuldade garganta abaixo, olhei para ele com repugnância enquanto cuspia no chão e começava a me afastar.

-Talvez sua língua seja mais rápida do que seus golpes, porque é tudo o que sabe fazer, tagarelar, seu pai ou sua mãe era um tagarela? Aposto que o deus tucano, pelo tamanho do nariz que tem e pela capacidade que tem de se intrometer na vida dos outros sem ter peito suficiente para encarar o desafio. Até um zumbi é mais homem do que você.

A provocação fez efeito. O garoto ficou verde, vermelho, roxo e por fim estourou de raiva, puxando a espada do amigo do lado e apontando para mim. Antes que ele falasse algo, recuei para ganhar espaço e enfim começar o duelo. Por toda minha vida eu havia aguentado comentários, perseguições e mentiras. Mas minha mãe era a única que acreditou em mim e me aceitava como eu era. Eu podia suportar as injúrias, mas não um desacato a única pessoa especial para mim. Faria aquele garoto sofrer a fúria de um filho de Hades da pior maneira possível.

-Você não é nada, fica se achando apenas porque é filho de um dos três! – o tucano retrucou – Eu sou filho de Hermes! O deus que está em todos os lugares! O deus que sabe de tudo! Meu pai é muito melhor do que o seu.

-Não duvido, mas pena que o filho dele não seja melhor que um estrume, já que estamos comparando coisas do mesmo nível.

Ele agiu da forma que eu queria. Ergueu o braço com a espada e avançou de frente em uma corrida cega. Saquei o escudo das costas rapidamente e o prendi em meu braço. Ergui a minha defesa, deixando que a espada batesse no meu escudo produzindo um som oco e não metálico, desviei para o lado e o garoto passou direto, ainda no embalo da corrida. Segurei no cabo de minha espada e a tirei da bainha, apontei a lâmina na direção do garoto e aguardei com um olhar frio.

O problema era que ele era filho de Hermes, todos os filhos eram conhecidos por suas habilidades corporais. O tucano avançou novamente, dessa vez mais centrado, podia ver isso pelo brilho em seu olhar âmbar. Ele atacou não forte, mas em uma velocidade que eu mal conseguia acompanhar... Porém seguindo um padrão. Dois ataques diretos, um pelo flanco e outro por cima. E novamente a mesma sequência que eu mal podia defender com o meu escudo.

-Talvez sua coragem tenha ficado para trás, filho do inferno – ele zombou cheio de veneno.

Nada comentei. Já tinha sacado o padrão de ataque... Mas porque contra-atacar quando podia enganá-lo deixando pensar que estava ganhando? Por isso nada fiz, continuei na defesa até ser surpreendida por um chute no tornozelo que me desequilibrou e fez com que ele acertasse dois golpes certeiros em mim, um na coxa e outro no quadril. Podia sentir o sangue escorrendo pela minha pele, quente e viscoso, úmido e avermelhado. Girei o corpo pelo chão e levantei. A hora da brincadeira havia acabado.

Convencido do jeito que estava ele atacou repetindo a mesma sequência, mas quando veio o ataque pelo alto, não defendi com o escudo, mas sim com a lâmina de minha espada. Todo o tórax do garoto ficara exposto por segundos, tempo suficiente atacar. Usei da frente do meu escudo para bater no peitoral dele e o afastar com o impacto, ele perdeu o fôlego e a concentração, o que me permitiu girar o corpo e dar um chute no maxilar. Dei tempo para que ele pudesse reagir e contra-atacar.

O garoto avançou, mudando a sequência apenas a invertendo, começando de trás pra frente o que tinha usado antes. Defendi com facilidade, apenas aguardando a abertura. Dessa vez veio quando defendi meu flanco, empurrando o golpe de espada com o escudo. O braço dele abriu, dando novamente espaço. Girei o corpo de forma que ficasse de costas para ele e com o cabo da espada, atingir bem abaixo da virilha. Ele se contorceu de imediato, o que foi outro erro, pois enquanto o corpo se curvava, o meu cotovelo ia de encontro ao nariz e boca dele com força total. Com impulso de ir para trás, bastou apenas me afastar e chutar o seu calcanhar para que o garoto caísse no chão.

Meu pior defeito era o instinto vingativo quando magoavam alguém que eu amava. E essa era minha mãe. Ela suportou tudo por minha causa, tinha de defendê-la a qualquer custo, e fazer pagar aqueles que ousavam maculá-la de alguma forma. Tendo isso em mente, olhei fixamente para o chão, concentrando todo o meu poder em busca de algo e quando por fim achei, afastei um passo para trás. O garoto se contorcia no chão e os amigos começavam a se afastar... Aproximei-me do garoto e fiz com que a lâmina de minha espada crescesse até a ponta pontiaguda tocasse o peito dele.

-Qual seu nome? – perguntei em tom baixo, ele nada respondeu, apenas estava se debatendo desesperado, agachei e pressionei a ponta o suficiente para perfurar de leve – Qual o seu maldito nome?!

-Andy! Meu nome é Andy! P-por f-favor, não me mate, n-não deixe ele me-me devorar! – ele gaguejou quase chorando. Talvez já não estivesse assim se não estivesse em estado de choque.

-Andy, quero que escute com bastante atenção. É feio falar dos outros pelas costas e falar mal da mãe dos outros. Acho que agora entende isso não é? – falei em um tom claro, cheio de ódio e ao mesmo tempo gentil, o que devia ser apavorante – Não é?!

-É sim! É sim! Prometo nunca, nunca, nunca, nunca mais fazer isso! – ele quase gritou em agonia.

-Bom que aprendeu direitinho – murmurei.

Porque não matá-lo? Mandar um presente pra meu pai se divertir... E então pensei em minha mãe. Eu não era mal, não podia deixar que esses tipos de pensamentos me controlassem, ela se esforçou tanto para que isso não acontecesse... Afastei a espada, perdendo as energias que usei para invocá-lo. O filho de Hermes arrastou-se para longe, tremendo, pálido, desesperado.

-Uma lembrancinha, só para verem como eu sou legal.

Então guardei minha espada e meu escudo voltou as costas. Sabia que Quíron iria me importunar mais tarde. Sabia que estava errado em pegar pesado. Mas nada me se comparou a saudade que eu senti de minha mãe.
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MensagemAssunto: Re: Treinos de Enrique V. Ward   Treinos de Enrique V. Ward I_icon_minitimeDom 11 Mar 2012, 1:00 pm

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